Colunista mostra que os brasileiros figuram entre os campeões quando o assunto é tempo gasto na internet
Pois é caro leitor, você consegue imaginar sua vida sem as redes sociais? Tudo está sendo canalizado para dentro desses sites de convívio social virtual, onde deixamos lá um rastro enorme de informações e onde buscamos outras tantas.
Você sabia que, no Brasil, são 139 milhões de pessoas com acesso à internet (em torno de 66% da população) e que 130 milhões estão conectados por meio das redes sociais? E que desses 130 milhões de brasileiros das redes sociais, 120 milhões fazem isso por meio de celular?
Um estudo realizado pela We Are Social e pelo Hootsuite apontou várias curiosidades sobre as redes sociais no Brasil, que foi compilada pelo site Techtudo. Vamos aos fatos:
- Brasileiro gasta por dia, em média, 9 horas e 14 minutos navegando na internet. Isso faz o Brasil ficar em terceiro lugar do povo que mais acessa internet, ficando atrás somente dos Tailandeses (9h38m) e dos Filipinos (9h29m).
- No caso das redes sociais, passamos 3 horas e 39 minutos por dia, configurando o segundo lugar mundial, atrás dos Filipinos (3h47m). Em terceiro ficam os Tailandeses com uma média de 3h23m por dia de acesso nas redes sociais.
-A página que o brasileiro passa mais tempo acessando é o YouTube. Segundo o ranking do SimilarWeb, passamos cerca de 20 minutos e 33 segundos, em média, a cada vez que acessamos o YouTube, em uma média de acesso de 9,6 páginas do site. Em segundo vem o Facebook com 13 minutos e 55 segundos em média por acesso, com 11,8 páginas por visita.
Segundo as pesquisas realizadas pelo Global Web Index, com pessoas entre 16 e 64 anos, 60% disseram utilizar o YouTube, contra 59% do Facebook e 56% do WhatsApp.
No caso do Instagram, 27% dos brasileiros estão na rede social, totalizando 57 milhões de usuários. Isso nos posiciona em segundo lugar no mundo, atrás somente dos Estados Unidos, com 110 milhões de usuários.
E tem mais números que comprovam que o povo quer usar as redes sociais. Dos 5 aplicativos mais baixados no Brasil em 2017, os 4 primeiros são de interação social, sendo WhatsApp, Facebook, Facebook Messenger e Instagram, respectivamente
É leitor, não tem como negar que as redes sociais são impressionantes. Falamos na coluna passada sobre a era do comércio e que as redes sociais acabam se tornando uma ferramenta extremamente importante para garantir o sucesso nas vendas. Para reforçar isso, segundo o site Ambassador, 71% dos consumidores que tiveram uma boa experiência de compra recomendam para outros. Abaixo, você confere as 15 mais populares redes sociais da internet:
E tem rede social nova na parada com um grande crescimento na internet, a Vero. Essa rede social promete não colocar propaganda e ter o feed de notícias em ordem cronológica, isto é, de acordo com a publicação dos seus contatos, vai aparecendo, sem a intermediação de um algoritmo para priorizar. Mas fique esperto, tem polêmica no ar e se quiser acompanhar, clique aqui.
Falando em polêmica, com toda essa superexposição em redes sociais e essas quase 4 horas de consumo diário brasileiro, uma pesquisadora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a mestranda em Administração, Ana Claudia da Rosa, realizou uma pesquisa intitulada Aplicativos de Redes Sociais: uso excessivo, preocupação cognitiva e consequências negativas.
A pesquisa se focou na Geração Z (nascidos entre 1995 e 2010), com a participação de 340 jovens, de três colégios da rede particular de ensino de Santa Maria e um campus do Instituto Federal Farroupilha (IFF). Sobre a amostra do estudo, a sua maioria é formada por alunos do Ensino Médio público (58,5%), no primeiro ano (44,7%), possui 16 anos (37,3%), do gênero feminino (50,4%) e realizaram seu primeiro acesso aos aplicativos há mais de 4 anos (64,5%).
Nos resultados, a pesquisa acompanha os números que descrevemos acima, onde aparecem o YouTube, o WhatsApp e o Facebook como os aplicativos mais acessados. Mas o impressionante é que o acesso a esses aplicativos está acima de 6 horas por dia por esses jovens, 50% maior que a média brasileira.
E durante a pesquisa, os jovens afirmaram que o uso excessivo de aplicativos não atrapalha o seu convívio social e não os deixam esgotados. Ao contrário dessas afirmações, a pesquisa conseguiu atestar que o uso excessivo dos aplicativos, bem como a tensão e a preocupação cognitiva, impactaram na vida pessoal, social e escolar. Isto é, esses jovens não perceberam, mas precisam se conscientizar que esse excesso pode sim atrapalhar.
Enfim, que as redes sociais são uma unanimidade está bem claro e que, segundo as previsões, com o aumento da disponibilidade de internet no mundo inteiro, o uso das redes sociais tende a crescer muito mais ainda. Isto é, mais oportunidades para negócios, novidades e relacionamentos. Mas cuidado: como diria o filósofo, a diferença entre o veneno e o antídoto está na dosagem.
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Abraço e sucesso.
Publicada originalmente na coluna Tecnologia do jornal Diário de Santa Maria
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