Colunista Cristiano Silveira fala sobre a evolução dos drones no nosso dia a dia
Falar de drones (ou VANT - Veículo Aéreo Não Tripulado) não chega a ser novidade. Quem ainda não conhece um drone, um dos mais famosos é o Phantom 4 (foto ao lado), com 4 hélices e um controle muito prático. Geralmente, usado pelas empresas de filmagem para fazer tomadas aéreas e fica muito legal.
As utilizações dos drones tem sido ampliada nesses últimos anos, desde as filmagens que mencionei, entregas de pequenos materiais, até mesmo para uso militar, de vigilância a operações de ataque.
No que diz respeito à tecnologia, os drones estão avançando rápido. Câmeras de vigilância, sensores de calor, sensores de detecção de obstáculo, baterias cada vez com maior autonomia. O que está limitando o uso desses equipamentos voadores são as autorizações dos órgãos responsáveis por controlar o espaço aéreo.
No início, você pode até ficar incomodado com isso, achar que essa limitação prejudica o desenvolvimento. Mas tudo isso tem que ser muito bem observado e testado antes de liberar o uso geral.
Imagina se um drone, por algum problema elétrico ou eletrônico cai na cabeça de uma pessoa, quem seria o responsável? Logicamente o dono do drone, mas... quem é ele? Onde está? Como responsabilizar essa pessoa se hoje qualquer pessoa pode comprar um drone e em nenhum lugar é registrado o nome.
Claro que drones de empresas já fica mais fácil identificar, por isso grandes empresas já sacaram que os drones automatizarão, e muito, a logística de pequenos volumes.
A Amazon já está em testes para entregas via drones faz tempo. Com o serviço PrimeAir, a Amazon faz entregas com drones autônomos, isto é, sem qualquer interferência de um piloto remoto.
Outra grande empresa que está muito forte nessa corrida das entregas por drones é o grupo do Google. A empresa Wing, que é a divisão de negócio da Alphabet (dona do Google e da Wing) para os drones, já está literalmente "voando" nessa corrida.
Percebendo a grande limitação das leis americanas na regulamentação do emprego dos drones, ela optou por iniciar seus testes massivos na Austrália. Segundo o Tecmundo, há 18 meses a Wing já faz entregas à domicílio, totalizando 3 mil entregas.
E para melhorar, a Wing (foto abaixo) recebeu o aval da CASA (Civil Aviation Safety Authority), que é a ANAC da Austrália, para usar as entregas por drones em caráter comercial. Assim, o serviço vai iniciar com entregas para 100 residências, em 3 bairros de Camberra, capital da Austrália. A próxima cidade que vai participar dos testes de entrega por drones é Helsinki, capital da Finlândia, com entregas até 1.500kg e em uma distância de até 10km.
As discussões são muitas ainda sobre os drones e principalmente sobre a sua utilização, mas uma coisa é certa: não tem mais volta. É uma tecnologia que chegou e com certeza será bastante utilizada, impactando fortemente nos processos logísticos.
Já pensou, você comprar alguma coisa por seu smartphone e receber em pouco tempo em casa, em sua nova caixa de correspondência, chamada "droneporto"?
Abraço e sucesso
Cristiano Silveira Linkedin
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Originalmente publicada na coluna Tecnologia do jornal Diário de Santa Maria, dia 24.04.2019
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